[traducción ultrarrápida sin corregir]
Tengo una flor
de la que no sé el nombre
En el balcón,
en perfume común
de otros aromas:
hibisco, un rosal,
un brote de cedrón.
Pero esos son prodigios
para otra mañana:
es que esta flor
generó hojas de verde
asombro
minúsculas y leves
No la amenazan bombas
ni románticos vientos,
ni misiles, o tornados,
ni ella sabe, aunque esté cerca,
da la sal desplegada
que el mar trae
Y el cielo azul de Otoño
fingiendo Verano
es, para ella, bendición
como la poca agua
que le doy
Debe ser esto
una especie de paz:
un secreto botánico
de luz
Ana Luísa Amaral
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UMA BOTÂNICA DA PAZ: VISITAÇÃO
Tenho uma flor
de que não sei o nome
Na varanda,
em perfume comum
de outros aromas:
hibisco, uma roseira,
um pé de lúcia-lima
Mas esses são prodígios
para outra manhã:
é que esta flor
gerou folhas de verde
assombramento,
minúsculas e leves
Não a ameaçam bombas
nem românticos ventos,
nem mísseis, ou tornados,
nem ela sabe, embora esteja perto,
do sal em desavesso
que o mar traz
E o céu azul de Outono
a fingir Verão
é, para ela, bênção,
como a pequena água
que lhe dou
Deve ser isto
uma espécie da paz:
um segredo botânico
de luz